ERA O APITO
Em jogos decisivos de futebol, nem sempre o apito é usado apenas pelo juiz. As torcidas costumam assoprá-lo pra irritar o time adversário toda vez que ele tem a posse de bola. Nesse domingo foi assim. Acabei pegando um azul. Hummm, cor do São Caetano, isso não vai dar certo, pensei.
No primeiro tempo o apito ficou esquecido no bolso. O time caipira marcava bem e dava trabalho pro goleiro Kleber. O Flu atacava pouco. No segundo tempo resolvi usar o apito azul. Toda vez que o São Caetano pegava a bola, eu assoprava. Mas o jogo continuava na mesma. Até que fiquei de saco cheio da porra do apito e taquei longe. Na jogada seguinte, Romário achou Magno Alves na área. Gol do Flu!!! Depois, 2 e 3 a 0. Caramba! A culpa era do apito azulão!
* Devo me retratar ao The Rush. O gramado do Maracanã em nada atrapalhou a evolução da partida, ocorrida cerca de 15 horas após o término da apresentação da digníssima banda canadense. Felizmente o The Rush não teve a capacidade de encher o Maracanã. Parabéns pros peões que ralaram durante a noite toda desmontando o palco e tirando as placas de madeira que cobriram o gramado. E apesar das altas taxas cobradas pelo uso do Maracanã – fora a suspeitas em torno da construção do inutilizado Museu do Futebol –, parabéns pra Suderj, que preparou o gramado com carinho.
Bom, sorte do The Rush que escapou de entrar pra a história como a-banda-que-estragou-o-gramado-da-partida-Fluminense-3-São-Caetano-0. Pra finalizar a saga, um e-mail carinhoso do Marcos Lamas:
"LAVE A BOCA ANTES DE FALAR DO RUSH SEU TAPADO"
Tá bom Marcos. Mais alguma recomendação? Lavar os olhos? As orelhas? O saco? Ou o pau?
The Rush agora nunca mais. Pode até ser que eles voltem antes, já bem velhinhos e decadentes, pois agora sabem que não vão faltar tapados pra pagar pra vê-los.