29.10.07

essa semana eu vi um cara com uma camisa preta escrito "eu assisti tropa de elite nos cinemas". depois q eu desejei q uma camisa escito "foda-se" se materializasse em meu corpo, imaginei algumas versões não-hipócritas dessa camisa.





ontem vi um cachorro cagando na rua. foram várias bolotas de um consistente cagalhão. qdo percebi q o dono ia recolher a merda com um jornal, atravessei pro outro lado da calçada. apesar de digno e louvável, ainda acho o ato de catar a bosta canina bastante desconfortável. claro q é mto melhor do q deixar o cocô pra alguém pisar. mas qdo eu vejo alguém catando bosta, prefiro não passar perto pra evitar q a pessoa também sinta vergonha. deveria ser normal catar a merda, mas para mim, o próprio fato de vc sair na rua com um poodle, por exemplo, já é vergonhoso. já tive a falta de noção de reclamar com um maluco q não tinha recolhido a bosta de seu cachorro grande. o cara fingiu q não era com ele. ainda bem, pois só depois eu me dei conta do risco q eu corri. tudo bem q o cara não era um pitboy e o cachorro não era um pitbul, mas se o cara quisesse poderia ter reagido de outra forma, desde mandar me foder até soltar os cachorros (e o cachorro) em mim.

ao menos percebo q o ato de catar as fezes caninas não é mais raro. sinal de civilidade, de evolução. daqui a uns 200 anos ninguém vai mais jogar lixo na rua e em 5 séculos furar a fila será coisa do passado.
me chamou a atenção a capa da revista do amaury jr.



desde qdo isso é novidade??? como ensinam as maravilhosas faculdades de comunicação, notícia é qdo o homem morde o cachorro, não o contrário.

28.10.07


demorou, mas o número 2 da revista M... foi cagado. continuo desempenhando a função de homem-span, o sujeito que testa as paradas bizarras q vendem pela internet através dos desagradáveis spams. neste número eu conto como foi fazer amor com uma pocket vagina. o texto tá no site, mas o lance é comprar nas bancas do rio e de sp. vamos colaborar. até pq os caras ainda me devem $ do feromônio q eu testei pro número 1...

(imagem roubada do blog da anna fortuna)

21.10.07

what the fuck is brazil?


o brasil em bruxelas

coisas mais estúpidas que me disseram na europa sobre o brasil:

- de uma inglesa: "vc é brasileiro? mas vc é tão branco!"
-
de uma francesa: "no brasil vcs falam espanhol?"
- de uma italiana, quando eu disse q o rio era a única cidade do mundo com praia, montanha e floresta: "a floresta é a amazônica?"

testando o humor negro em londres, ao explicar para a agente de viagem q meu nome é composto:

eu: "meu nome é composto, tipo jean charles"
agente: " ... "

arrancando gargalhadas num bar em madrid, ao assumir minha condição de terceiro-mundista. comia tapas (os petiscos espanhóis) e bebia sangria com duas inglesas e um casal americano. com a mesa pequena e num determinado momento de quase embriaguez, ninguém mais sabia q copo era o seu. avisei solenemente:

"cuidado pra não beber no meu copo! eu sou do brasil e posso ter várias doenças!"
gênios!

a rua onde eu morava, em vila isabel, é conhecida pelas falsas blitzs dos traficantes. virou rotina carros dando ré para escapar dos bandidos. e o que fizeram as autoridades? puseram a polícia na área? chamaram o capitão nascimento? nada disso. simplesmente pintaram uma faixa amarela na rua, transformando-na em mão dupla. dessa forma, o motorista poderá escapar do perigo sem infrigir as leis de trânsito. e, como disse meu tio, os ladrões terão outro sentido para escapar da polícia (isso qdo ela vier...)

15.10.07

diálogo no cabaret kalesa, que de boa boate, se tornou um lugar bizarro, com gente pobre de espírito. qdo a pobreza não é de espírito, é de estética.

baranga: na hora do bailinho vc vai botar a fantasia do super-homem?
(adendo: durante a madrugada rola uns 15 minutos de marchinha, com distribuição de fantasia)
eu: cumequié??? vc tá me chamando de clark kent!?
baranga: isso mesmo! e se vc não achar um orelhão eu empresto o meu celular!
eu: fica tranqüila, qq coisa eu dou uma rodadinha e viro o super-homem (dou uma rodada e finjo que abro a camisa)
baranga (insistindo): mas qq coisa usa o meu celular (mostra a porra do aparelho)
eu: poxa, o problema é que eu não uso cueca ao contrário. e além do mais, se eu sou o super-homem, vc tá me parecendo a kriptonita!

pano rápido...

10.10.07



tem gente que fala da martirização dos policiais brutos, da molecada retardada que simula as cenas de tortura, mas pouca gente reparou num grave efeito nocivos do filme tropa de elite.

trata-se da ressurreição da constrangedora banda tihuana, tirada do ostracismo com a música tema do filme. é evidente que nem fumando toda a maconha q tinham à disposição na época do disco "ilegal", do ano 2000, os integrantes da banda imaginaram que "tropa de elite", sétima música do cd, seria usada no filme.

a última vez q tinha ouvido falar em tihuana foi num clip chamado "renata", sobre exploração sexual de menores. péssimo. o pior não é isso. eu compreio tal cd "ilegal" e o tenho até hoje! arranquei-o das profundezas da minha coleção pra dar uma sacada. pra minha surpresa, até q algumas músicas se salvam. pode-se dizer q é um disco mto melhor q as coisas q a mtv tenta (e consegue) jogar guela abaixo da molecada, como nx0, forfun, e outros nomes q eu desconheço.

"praia de nudista" abre o disco. é um ska animadinho. "nudista! tá tudo liberado na praia!", diz o refrão. bom pra botar o pau pra fora na praia. "pula!", a seguinte, foi a primeira música de trabalho do disco. a letra é um arremedo de planet hemp, bosta pura, mas divertidinha. talvez a música que tenha feito mais sucesso foi mais seriazinha,"que ves". "clandestino" é o cover de mano chao. se a original é ruim, imagine a cópia... fechando o cd, "eu vi gnomos", dose pra mamute, com poesias do tipo "Gnomos não fumam cigarro, cigarro só verde e amarelo" ou "E a população dos gnomos exorbita-se a cada segundo".

tente ver "gnomos", do tihuana

8.10.07

montagens q vc não vai ver no kibeloco

domingo à noite calhou d'eu ver tropa de elite num cinema do leblon, bairro que eu costumo chamar de reino encantado de manoel carlos. foi no mínimo curioso ver o filme junto com a galera que na telona é retratada como a elite com consciência social mas que não dispensa o baseado. mta gente virou a cara ou cobriu os olhos nas cenas de atrocidade do bope. imagine se o comando agisse assim nas coberturas da vieira souto... mas enfim, nada que uns tapinhas depois da sessão não resolvessem...

pelo menos não vi ninguém fantasiado de bope protestando contra a não indicação do filme ao oscar, como aconteceu em alguns cinemas na semana passada. prova q o filme é realmente um fenômeno, angariando o surgimento de mongolóides do naipe dos fãs de guerra nas estrelas e senhor dos anéis, e elevando o capitão nascimento ao posto de figura pop do cinema brasileiro, no mesmo nível de um zé pequeno.

1.10.07



ei, você aí, que se acha um autêntico revolucionário quando desfila com camisa do che e que já viu 50 vezes diário de motocicleta!

já leu a veja dessa semana?

não imaginava que tão cedo pudesse tecer um elogio à referida revista.

pois bem! fã que é fã do che tem a obrigação de ir pra porta do prédio da abril e fuzilar os jornalistas da veja!

y viva la revolución!

a propósito, a estampa acima é de uma camisa da cuma virtual. tenho uma dessa, que fiz questão de usar para "prestigiar" um encontro a favor de cuba. não me lembro se relatei isso aqui no blog. caso contrário, conto essa história noutro dia.
hoje voltei de uma viagem de pouco mais de um mês pela europa. ao contrário do que imaginava, não fiquei exatamente feliz com a volta. estava mais cansado de viajar, com o peso das mochilas, do que com saudades do rio. as duas últimas semanas foram na frança, onde já estava me habituando em abordar e ser abordado com "bonjour" e "bonsoir". ao voltar a tomar os precários ônibus de linha, soltei um "que merda" e nem percebi o "bom dia" do trocador. não respondi, sentei e só então percebi que o sujeito cumprimentava todos os passageiros assim. tive ali um resquício da frança. mas a realidade era outra. alguns passageiros ouviam o "bom dia" mas não respondiam, o ônibus demorava a passar e parava fora do ponto, sujeira e sensação de abandono nas ruas...

bem-vindo de volta à pré-civilização!
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