30.11.04

Uma careta na Copa da Maconha

Nossa, isso é mil vezes pior e mais engraçado do que São Tomé das Letras.
Sra. Skylab

Depois de ceifar dois hits instantâneos do último disco por orientação de advogados - Câncer o Cu e Chico Xavier e Roberto Carlos - Rogério Skylab voltaria ao quinto disco com uma nova bomba: Fátima Bernardes. Um trecho:

Fátima Bernardes investe tudo
Fátima Bernardes com arroz la grega
Fátima Bernardes é vagabunda
Fátima Bernardes tem caderneta

GLÓRIA MARIA!!!!

Fátima Bernardes cheirando cola
Fátima Bernardes com a pica dura
Fátima Bernardes experiência
Fátima Bernardes também é cultura

Segundo o Skylab, a música é uma critica a neutralidade com que as notícias são dadas pela imprensa. Os riscos de tomar uma trolha estavam tomados, mas eis que surgiu a revista Outra Coisa para distribuir Skylab pelas bancas deste Brasil varonil. Sem Fátima Bernardes.

Fátima Bernardes ficou para o show de lançamento, nesta quarta, no Teatro Odisséia da Lapa, assim como os hits proibidos, os trejeitos tresloucados, as dancinhas escalafobéticas e os ataques a facão, enfim, o grotesco na mais pura essência.

Aliás, uma coisa que não teria preço: ver a reação da Fátima Bernardes ouvindo essa música.

P.S. - Pelo ritmo, o décimo disco de Skylab, que ele pretende que seja o último, só deverá ter as proibidonas. Então, depois de lançá-lo é mudar de identidade (ou de sexo) para não ser processado e virar um ser foragido da justiça. Ou então se matar...

29.11.04

VIVA!!!

Depois de meses fora do ar, está de volta o site da família carioca!!!

Lamentável que na comemoração do Dia das Mães só tinha filho da puta...
Notícia importante do mundinho publicitário

LN Comunicação conquista conta das Balas Juquinha
A LN Comunicação acaba de conquistar a conta das Balas Juquinha, dirigida por Giulio Sofio. A empresa será atendida pela jornalista Lúcia Nunes. Com quase 60 anos no mercado, as Balas Juquinha são líder na exportação de candies.


Fonte: Comunique-se, o portal dos jornaleiros

Líder na exportação de que? Um puto que escreve candies no lugar de doces só pode gostar de chupar um dick e dar o ass.

24.11.04

Revista F.

Será a volta dos bons tempos do Chiclete com Banana? A conferir.


Ontem tive um pesadelo dos brabos. Sonhei que era jogador do flamengo, deste mesmo flamengo que apela a Zagallo para não ser rebaixado. Como todo sonho, me lembro apenas de algumas partes. Em uma delas, estava dentro de uma espécie de jaula, com outros jogadores, protegido dos torcedores. Estávamos lá eu, Felipe, Júlio César, Zinho e cia. Em um momento bradei que Felipe era um craque, que não poderia passar por aquilo. Saímos da jaula e fui escolhido como representante dos jogadores para receber um passe de torcedores macumbeiros. Falava para eles: "benze a perna esquerda que eu sou canhoto". Eu era o ponta-esquerda do time.


O Flamengo está em 21º lugar, com 46 pontos, e segundo o site Infobola, tem 52% de chances de ser rebaixado. Os próximos jogos são contra o Palmeiras e São Paulo, fora de casa, e Coritiba e Cruzeiro, em casa. Vamos torcer.

23.11.04

SÃO, SÃO, SÃO, SÃO
SÃO, SÃO, SÃO, SÃO TOMÉ!!!

São Tomé das Letras é a típica cidade na qual eu nunca iria por vontade própria. A tríade maconha-misticismo-cachoeira não me atrai nem um pouco. Até gosto de cachoeira, mas a impossibilidade de ver o fundo do rio e dar de cara com um pedregulho me incomoda. Demorei a responder o convite de um grupo de amigos. Decidi ir, depois voltei atrás, até finalmente me render. Já havia passado por isso quando fui a Búzios pela primeira e única vez, há três anos. Cidade legalzinha, com boas praias. E até que playboys e argentinos não incomodam tanto. Mas nunca tive vontade de voltar.


A camisa ideal para ir a São Tomé

A primeira impressão ao chegar em São Tomé é dúbia. De um lado, o tremendo visual da serra. Do outro, um pedaço da cidade que parece uma favela, além de um clarão onde as pedras são extraídas. Com a exploração da cidade, o volume de água das cachoeiras diminuiu. Fala-se em aparição de ET´s, duendes, mas isso depende do que você tomar. Dizem que um grupo do exército (ou dos bombeiros) percorreu a gruta do Carimbado durante três dias sem achar o fim. Ela daria Matchu Pichu, no Peru. Lorota, já que na altura dos 200 metros ela fica estreita e nenhum ser humano passa.

A trilha sonora de São Tomé é Raul Seixas. Em qualquer lugar que se vá ecoa a música do Maluco Beleza. Um saco. Muitas pessoas acham que estão nos alucinógenos anos 70 ou vivendo em uma Sociedade Alternativa. Podem apelar para a Fundação Harmonia, um lugar de bitolados que junta tudo quanto é religião numa seita. Tem disco voador, incas, caboclos, índio, presépio, buda... Como tudo nesse mundo é lucro, a parada final da visita guiada é um quiosque com produtos esotéricos, com direito a vendedora contando a história da criação do mundo através de uma mandala - destaque para a parte em que a mandala vira um disco voador, momento em que apelei para as forças astrais para não explodir de rir. O lugar tem até pousada, mas acho que acabaria sendo expulso de lá (apesar de achar que entre a galera da comunidade role a maior fudelança).

Mas foi à noite, num frio acachapante e em volta de muita fumaça, que presenciei o momento mais tosco da viagem: Ventania, o astro da cidade. Barba e capuz de hobbit, este Raul Seixas de quinta categoria canta músicas que falam de cogumelos, maconha, viagens sem rumo. A galera lota o precário Bar do 2 para entoar junto coisas como "Louco louco loucumelo, Louco louco loucumelo, cogumelo de zebu / Zebu morreu, ele se fudeu, o cogumelo é meu". Em outro hit, "O diabo é careta", Ventania morre e vai para o inferno (é claro), onde oferece um fumo para o capeta, que surpreendentemente recusa.

Ventania

No pé do Bar do 2 está a subida para a pirâmide, uma casa de pedra abandonada, ponto ideal para ver o nascer e o por do sol. As nuvens passam perto - a cidade está a 1440 metros de altitude, a terceira mais alta do país - quase dá para tocá-las (mais uma vez, depende do que você tomar). Se você ainda acredita que pode alcançar uma dimensão sobrenatural, vá logo a São Tomé antes que ela seja toda fumada.

12.11.04

Pra que servem articulistas de política internacional, doutores em relações internacionais da PUC, pensadores da causa israelense, defensores da Palestina, se temos ela!


"Arafat lutou pela criação do Estado de Israel..."

Certo mesmo foi a escolha dela para a campanha contra o câncer na próstata. Só faltou chamar o Rogério Skylab para cantar "Qual a diferença entre eu, Ana Maria Braga e Mário Covas? Câncer no cu, câncer no cu"

8.11.04



Não durou nem um mês em cartaz O Âncora - A Lenda de Ron Burgundy.O filme do Will Ferrell, do Saturday Night Live, começa bem bobão, com piadas que só americanos acham graça. Mas, lembrando Quem vai ficar com Mary?, tem cenas geniais com o cachorro, como as do diálogo dele com o urso. Vale o preço do aluguel na locadora.

E deixo aqui o meu agradecimento ao jornal da família Marinho, que me permite ir ao cinema pela metade do preço graças ao cartão de assinante deste tão prestigioso diário. Tem suas limitações, é claro. Como só poder usufruir deste direito às segundas-feiras no Cinemark. Nos filmes do circuito Estação o desconto rola todos os dias, mas normalmente só os mais filmes chatos entram na lista. Mas é uma mão na roda pra mim que não sou mais vagab..., digo, estudante, e não sou criticuzinho de cinema.

E falando em Cinemark, hoje tem promoção de 2 reais pra ver filme brasileiro. Xuxa Abracadabra, Sexo, amor e traição, Olga, Sonho de verão. Só coisa boa... Pra aguentar tanto tempo sentado, só sendo fã do Cazuza.

7.11.04

Se o Jornal do Brasil fosse um time de futebol ele seria o América. Já foi um grande clube, hoje está falido e abriga em seu limitado elenco jogadores em fim de carreira que não têm espaço em outros clubes (como a Hildegard Angel). Mas às vezes revela um grande jogador, que não demora muito, é contratado por um grande clube. A revelação da vez é a coluna do Ulisses Mattos. 1001 Polegadas, sobre televisão, já está no ar faz algum tempo na revista Domingo. Só falta vir algum time grande para contratá-lo.

Aprendiz de milionário

Em uma parceria com o canal People + Arts, a Record está levando ao ar uma versão brasileira do reality-show O aprendiz. Para quem não conhece, o programa original mostra jovens executivos disputando a chance de trabalhar durante um ano nas empresas do milionário americano Donald Trump, que aparece a cada episódio, cheio de pose, para eliminar um dos candidatos e mostrar um pouco de sua vida luxuosa. A participação do folclórico magnata foi a chave do sucesso da atração. Trump adora aparecer, e se vangloria de ser dono de cassinos e até de uma torre em Nova York que leva seu nome. A tarefa de escolher um equivalente a Trump para o programa brasileiro foi sem dúvida um grande desafio. Infelizmente, um desafio perdido.

O apresentador convidado para a versão nacional de O aprendiz foi o empresário Roberto Justus, que nem de longe tem o carisma ou a grana de Trump. Presidente do grupo NewComm, o publicitário se tornou conhecido do público não por ser podre de rico, mas por ter vivido romances com as apresentadoras Adriane Galisteu e Eliana. Justus tem um cabelão vistoso, é verdade, mas só se tornou famoso por associação, não por esforço próprio. E nunca se testou a popularidade do sujeito pra valer. Assim, o programa corre o risco de se estabacar no ibope. A não ser que Justus fale um pouquinho de seus relacionamentos antigos com as apresentadoras no meio do programa.

Mas quem seria a pessoa ideal para ocupar o lugar de Donald Trump em O aprendiz brasileiro? Silvio Santos, é claro. Milionário, famoso e carismático, o Homem do Baú não deixaria nada a dever a Trump. E, pelo histórico de Silvio, que pegou a fórmula do Big Brother e a transformou no estranho e popular Casa dos artistas, sua versão de O aprendiz poderia ser ainda mais interessante. Em vez de uma vaga no SBT, poderia ser posto em jogo seu próprio cargo de dono da emissora e principal apresentador. Entre os candidatos estariam se digladiando Gugu Liberato, Celso Portioli, a filha Silvia Abravanel e até seu imitador da trupe do Pânico na TV, o humorista Ceará. Com o sucesso estrondoso de O aprendiz do Baú, a TV brasileira criaria outras versões.

A Record poderia contra-atacar com O aprendiz da Universal, no qual o bispo Edir Macedo escolheria um novo pastor para chegar à cúpula de sua igreja. A exemplo do programa original, a cada episódio o bispo daria tarefas aos pastores da disputa, como angariar novos fiéis, expulsar demônios das pessoas etc. Com a disputa pela audiência cada vez mais acirrada, não ia demorar para alguma emissora inventar um O aprendiz do tráfico, no qual o líder de alguma facção criminosa da cidade escolheria seu novo braço-direito entre figuras promissoras do mundo do crime, que teriam que passar por provas como batizar bandidos emergentes com nomes originais, tomar morros vizinhos, organizar uma falsa blitz, corromper autoridades e fugir de presídios pela porta da frente. Você perderia algum capítulo?

4.11.04

A mineirada de Belo Horizonte tem um programa imperdível hoje à noite: chopp com MrManson. Pra quem acha as paradas que ele escreve engraçadas, é porque ainda não o viram bêbado.

Aproveitem para comprar das mãos do próprio autor Transpiauí, uma peregrinação proctológica, da minha Churros Editora. O livro foi apontado pela Academia Brasileira de Letras (a mesma que apontou Luana Piovani e Eri Johnson como melhores atores do teatro) como revelação de humor de 2004.

Os detalhes lá no blog do Cocadaboa.

3.11.04

Nem precisa esperar sexta-feira pela Revista Programa do JB pra saber das boas do fim de semana, principalmente no sábado:

Superbrazooka, com DJ Janot, no Teatro Odisséia;

Roupa Nova, lançando o CD acústico, no Claro Hall;

E DJ Wella no Garden Hall, com abertura do Perdidos na Selva.




Pela segunda vez, Bush faz americanos de pato.
Se eu trabalhasse de garçon pro Garotinho arriscaria meu emprego dando uma sacaneada nele. Depois do almoço, daria as opções de sobremesa

Governador, de sobremesa temos goiabada de Campos. Tinha pudim, mas estragou.
Vai Serginho

Hoje à noite São Caetano e São Paulo completam o jogo de quarta-feira passada. Não teria sido mais conveniente se a partida fosse disputada ontem, no dia dos mortos?

Pra homenagear o Serginho, o São Paulo deveria colocar na linha de fundo do gramado do Morumbi uma cruz com o nome do zagueiro. Tipo as que ficam na beira das estradas.

Outra coisa: podiam fazer aquela marcação do corpo do jogador - aquela comum em crimes - no exato local da grande área onde ele tombou.