5.12.02
Vamo corrê que é liquidação das portas fechadas
As confusões no centro da cidade entre camelôs e polícia já viraram rotina. Daqui a pouco o carioca vai passar no meio de pedradas e bombas com aquele ar blasé. Ontem, um guarda municipal usou um revólver, o que é proibido. Um PM interveio e saiu porrada entre Guarda Municipal e Polícia Militar, que é estadual. Brilhante! Deviam chamar a Polícia Civil pra acabar com aquilo. E os camelôs só rindo...
Preste atenção no sujeito do fundo... Não era eu!
Ontem havia dois grupos de Guarda Municipal, um em cada extremidade da rua Uruguaiana. Uma equipe da Globo perambulava ao lado dos guardas, talvez esperando que os diretores do Cidade de Deus aparecessem pra gritar “AÇÃO!”.
Os guardas municipais não devem ficar atentos somente aos camelôs. Dia desses, insuportáveis ciganas batiam ponto na Rio Branco, quase esquina com Presidente Vargas. Essa raça é foda. Você passa na rua e eles te cercam, puxam a sua mão pra ler e pra falar um monte de asneira. Depois, dizem pra você comprar uma pedrinha de proteção a 1 real. Um conhecido meu, malandro velho da Penha, contou que quando era moço uma cigana o parou na rua. Entre outras coisas, revelou que ele morreria esfaqueado. Com a maior cara-de-pau, ele disse: “você só não adivinhou uma coisa... Que eu tô duro!”. A cigana ficou furiosa.
Pois bem, os guardinhas deveriam passar por lá e baixar o cacete nas mãos delas. Vamos ver se elas conseguem ler mão inchada umas das outras.