PAU NO CÚ DO NANDO REIS
Neste sábado os Titãs tocarão pela primeira vez no Rio como um quinteto, depois da saída do Nando Reis. Já falei aqui no blog das burocráticas apresentações da banda nos últimos tempos. Não era difícil perceber que grande parte dessa burocracia vinha do Nando Reis. Então, nada melhor pra banda que o cara saia. Se ele quer cuidar da carreira solo, que vá. Se ele tá com saudades da Cassia Eller e do Marcelo Fromer, que vá se juntar a eles no além. Talvez eu vá ao ATL Hall só pra gritar “Ei, Nando Reis, vai tomar no cú!!!”. Ou seria melhor que eu fizesse isso num show do Nando Reis? Sei lá, nunca iria num show dele.
E não poderia ser mais atual o segundo livro sobre os Titãs, “A vida até parece uma festa”. A primeira biografia foi “Titânicos Caminhos”, lançada há uns 10 anos por Felipe Trotta, fã da banda que hoje é um ativo participante do Jedicom, Congresso Jedi do Rio de Janeiro. O livro estava indo pro prelo quando Nando Reis saiu. Tanto que na capa aparecem apenas os cinco (até quando?) remanescentes. Fiquei meio desconfiado pelo fato do livro ter sido escrito por dois jornalistas do diário popular Extra. Seria mais coerente que eles fizessem a biografia do Zeca Pagodinho, por exemplo.
Que nada. O livro começa com o memorável show do Teatro Carlos Gomes, em 1987. Os fãs, na ânsia de um espaço para extravasarem sua empolgação, arrancaram as cadeiras da recém reformada casa. Lindo! Certa vez um amigo meu disse que daria a alma pro coisa ruim pra estar num show histórico do Nirvana, em Seattle. Não faria isso, mas se tivesse uma máquina do tempo um dos primeiros destinos seria a Praça Tiradentes daquele dia. Quanto ao livro, vou comprá-lo. Os coleguinhas que o escreveram são realmente fãs, e o fato de estaram num jornal popularesco prova mais uma vez que nesses tempos bicudos a gente tem que dançar conforme a música.
Outra estréia sem Nando Reis foi a do clip da balada “Isso”. Os cinco, tocando ainda meio macambuzios, e Paulo Miklos contracenando com um elefante. Por várias vezes, o animal empaca. Estaria o elefante representando Nando Reis?