VELA RESPONDE
Mais um e-mail recebido e respondido. Desta vez da minha colega Kamille, sobre a lanchonete Rico's.
Eu adoro comer pastelzinho de queijo no Rico's. E adoro mate de máquina - que lá custa o quê, 60, 80 centavos? Aí um dia depois de fazer meu lanchinho habitual notei um cabelo no copo. Não era meu. Era enrolado... Quase vomitei.
Traumatizei. Mas ainda como o pastelzinho de lá.
Beijos,
Kamille
Kamille, imagino que tenha faltado umas vírgulas na terceira frase. “Aí um dia depois de fazer o meu lanchinho...”. Porque não é possível que você só tenha notado o cabelo no copo no dia seguinte! A não ser que o mate tivesse alguma substância alucinógena. Olha, talvez o que você tenha encontrado no copo fosse um fiapo do rodo de chão, já que é comum os funcionários usarem o balde da limpeza para encherem o recipiente dos refrescos. Ninguém me contou isso não, eu vi. Já no caso do pastel, se ele for de cabelo como naquela novela da Letícia Sabatela, melhor ainda.
Beijo
Vela
VELA ESPORTE CLUBE
Quando era mais novo ficava imaginando se um dia o Brasil teria um tenista número um do mundo. Luís Mattar e Cássio Mota eram dose. Lembro que numa Copa Davis, disputada numa quadra de saibro no Barra Shopping, Mattar teve dois ou três match points contra Boris Becker. Não aproveitou e o alemão venceu. Mais tarde veio Jaime Oncins, que me deu esperanças, mas o máximo que chegou foi um trigésimo lugar, por aí. Nas Olimpíadas de Atlanta, Fernando Meligeni foi derrotado na decisão da medalha de bronze pelo indiano Leander Paes. Mas eis que no ano seguinte surgiu Gustavo Kuerten, ganhando contra todas as expectativas o Grand Slam de Roland Garros. Desde então ele provou que é um tremendo jogador. Enfretou dificuldades, chegou ao topo do ranking, é milionário, come um monte de gostosas. Mas é meio avoado. Tem pouco papo. “O Guga é meio retardado”, me disse certa vez um veterano jornalista esportivo. Ou alguém já viu alguma entrevista dele render? Domingo, ao abrir as páginas do Globo pude constatar tal afirmação ao ler no perfil dele o item “Livro”: Senhor dos Anéis e todos os do Hary Porter.
Semana passada Robert Scheidt sagrou-se hexacampeão da classe laser do iatismo, feito único na história da vela. Você acha que o povo não comemorou? Ora, no morro aqui perto de casa soltaram fogos a noite toda. Brasil-il-il!!!
CINE VELA
Vi “Sinais”, do diretor indiano de “Sexto Sentido” e “Corpo Fechado”. Pra mim tratava-se de um desempate. O primeiro, em que um garotinho que via gente morta era ajudado pelo espírito de um investigador, é muito bem sacado. Diretor 1 a 0. O segundo, é uma bosta de filme de um retardado fanático por história em quadrinhos. 1 a 1. “Sinais” nem é uma bosta de filme de retardado que acredita em extra-terrestre. Mas não empolga. O final, em que o et é vencido por copos d’água e um taco de beisebol, é bobo, bobo. Não dá pra aceitar que os alienígenas do filme sejam tão sensíveis a água quanto os humanos são ao ácido. Como é que pode eles invadirem um planeta com ¾ de área ocupada por água sem se precaverem? Realmente, se depender de “Sinais”, ainda não existe vida inteligente fora da Terra. Outra coisa. Nosso Brasil varonil participa da trama. Num telejornal é exibida uma gravação caseira duma festa de criança onde o et aparece de bicão. A cidade é Passo Fundo, mas as crianças têm sotaque paulista, em vez do gaúcho. E o carro que aparece é dos anos 50, como se o Brasil fosse atrasado. Diretor 1 a 2.
Pra piorar, o filme ganhou uma trilha sonora incidental. Na praça de alimentação do Shopping Carioca corria solta uma animada happy hour. Mel Gibson corria atrás dos ets ao som de Legião Urbana, Skank e Nenhum de Nós. Reclamei com o gerente do Cinemark e acabei ganhando duas entradas de cortesia. Legal. Tomara que semana que vem a happy hour continue.