17.10.02


Sandy, seu irmão já deu o cú. E você, quando vai liberar essa tarraqueta?


Demorou, mas finalmente saiu alguma coisa na imprensa criticando o Jô Soares. A revista Domingo listou os dez maiores problemas do programa do rotundo.

Ontem mesmo, uma professora que organizou um dicionário de palavrões, deu um olé no Jô, quando ele ficou insistindo pra que ela falasse um palavrão: “peraí Jô, você não deixa a gente falar”, no que se seguiu uma salva de palmas da platéia. Bem feito, bicha gorda!

Pra não dizer que o programa é de todo ruim, o quadro “No fundo da caneca” ainda vale pra lembrarmos que um dia o Jô foi engraçado.
Não sei por que eu ainda insisto em assisti-lo. Pelo menos tem servido pra pegar no sono.

Como o site do JB não tem essa seção linkada (ah, Xotabê...), tive que digitar a parada. Mas valeu a pena.

1 – Desinformação. A equipe anda vacilando ou o Jô é que está sem paciência para se informar. Muitas vezes fica óbvio que ele sabe pouco ou nada sobre o entrevistado. Não pode confundir livro novo com lançamento de CD.

2 – Vaidade. Jô não segura mais suas vaidades. Tem falando mais que os convidados. Exemplo recente foi a entrevista com Caetano Veloso e Jorge Mautner.

3 – Humilhação. Jô, às vezes, trata assuntos com desdém ou pega um viés por demais irônico nas entrevistas. Segunda-feira passada, fez pouco de um músico de choro.

4 – Falta de pauta. Os maiores artistas, políticos e escritores já se apresentaram lá, alguns duas ou três vezes. Só restaram o segundo e o terceiro times.

5 – Falta de graça. Aquela primeira parte do programa, em que ele conversa com a platéia, vem sendo cada vez menos engraçada. O Jô humorista enferrujou.

6 – Marketing. No SBT não se via tanto isso. Na Globo, Jô parece obrigado a chamar atores ou atrizes só porque estréiam novela ou série na emissora.

7 – Palhaçada. Qualquer motivo vale para Jô se dirigir ao sexteto, ou só a Bira, para fazer gracinhas, mesmo que nada tenham a ver com o tema da entrevista.

8 – Horário. No SBT, o Jô Onze e Meia nunca começava na hora, mesmo assim não ia ao ar tão tarde quanto na Globo. Há dias em que é uma da manhã e nada de Jô.

9 – Papo chato. Nas entrevistas sobre música, Jô sempre fala à beça da capa do CD e gasta outro tempão brincando com o cabelo de alguém da banda.

10 – Ausências sentidas. Há pelo menos duas grandes dívidas com os telespectadores: boas entrevistas com João Gilberto e Rubem Fonseca.



No item 7 poderia ser citado também as brincadeiras com o garçon chileno Alex, chamado de refugiado sexual do Pinochet.

Rubem Fonseca já deu entrevista pro Jô? Que eu saiba, o sujeito é totalmente avesso à entrevistas.

Chamem o Rogério Skylab de novo!