15.4.02

20 ANOS DE RIO BABILÔNIA

ET porra nenhuma! Em 2002, o filme Rio Babilônia faz 20 anos. Belíssima lembrança do Ricardo Schott, no site Eu quero é mais (não é site pornô ninfomaníaco não, é o da Pepsi). Ricardo resume bem o filme, que ainda passa de vez em quando na Bandeirantes, como "um retrato (com tintas fortíssimas) de um Rio já dominado pelo narcotráfico, de um Brasil já dominado pela corrupção e de um tempo ainda pré-Aids, sentindo as rebarbas da revolução sexual".

O filme é tão envolvente que é possível se sentir no meio da suruba, mandando ver numa daquelas negonas pintadas de dourado, ou descendo o morro com a polícia nos calcanhares depois de comprar cocaína. Jardel Filho, que é a cara do Nélson Piquet, traça todo mundo que encontra pela frente e por trás, menos o cão dinamarquês, que só não participou da famosa cena da piscina porque não sabia nadar. O primeiro damo do Rio também está lá, metendo a Pitanga numa gringa que é a cara da Olívia Palito, sob o luar da praia de Copacabana. As participações especiais são memoráveis, como a do Wilson Grey, o Seu Madruga brasileiro, interpretando um taxista que de tão preguiçoso pede para que os fregueses dirijam o carro. E de Dona Zica da Mangueira, fazendo a mãe de um traficante (ou seja, ela mesma), descaradamente dublada.

Merecia passar de novo nos cinemas. Se o ET passou, porque Rio Babilônia não pode?

Ah, dêem uma olhada no que o Ricardo escreveu sobre blogs, com a colaboração deste que vos escreve.