1.2.02

MORTINHO DO JOGO

A CNT exibe a mesa redonda mais trash do Brasil. Os caras podem até ser bons na Rádio Globo (apesar das suspeitas de negócios escusos com venda de jogadores e publicidade), mas na televisão pagam mico. Deni Menezes (o de cabeça branca) virou secretário de esportes de Duque de Caxias e todo domingo lá está ele com uma matéria sobre as magníficas realizações do prefeito Zito. Isso quando não está lá o próprio Zito desfilando toda sua sabedoria futebolística.

Já participei dessa porcaria como “comentarista por um dia”. Isso mesmo, também paguei o meu mico. Tropecei ao vivo quando fui falar e tomei um fora do Zagallo quando perguntei se ele iria pro Botafogo (ele tinha acabado de sair da Portuguesa). Nos bastidores vi toda a marra do Gílson Ricardo (cartão vermelho pra você) e do Pedro Costa, o barbudo. Sorte que o Gérson, o canhotinha de ouro, ainda não participava da mesa. Esse é de uma marra sem fim. Nojento. Fora do ar tomei esporro do diretor porque tava sentado torto na cadeira. Pelo menos levei pra casa a bolsa do Bingo Tijuca e a camisa da Mesa Redonda. Ainda voltei pra casa de Copatur Rádio Taxi. Um luxo! Incrível foi que no dia seguite quando eu entrei no ônibus um cara deve ter me reconhecido. Lamentável.

Mas o que me levou a falar desta mesa redonda foi o quadro “mortinho do jogo”, espécie de eleição do pior jogador da partida. A parada é patrocinada pela Sinaf, um plano de assistência funeral. É a mesma das genias campanhas publicitárias, tais como:
“Nossos clientes nunca voltaram para reclamar”
“Como planejar a morte da sua sogra”
“Como ir para o céu com tudo pago”
“Eu fui. Para um mundo melhor”
(na época do Rock in Rio)

Os caras da mesa redonda levam a parada no deboche. O Gílson Ricardo faz até cara de morto no caixão. Só falta colocar um chumaço de algodão no nariz. Trash, muito trash.