1.2.02

BESTAS SOBRE PRANCHA

Estreou hoje nos cinemas Surf Adventures, versão brasileira do Endless Summer. Nunca fui chegado em surf, mas que é impressionante ver o sujeito pegar um tubo interminável ou descer de uma onda de 20 metros, ah, isso é. Tive acesso ao material bruto do filme e pude constatar que boa parte dos surfistas tá mais pra alienado ou ingênuo do que pra burro. Uma evolução, sem dúvida. Mas eles não estão nem aí. O negócio é pegar onda e que se dane o resto. Alguns conseguem até ganhar uma graninha boa.

Só que sempre existirão os burros que nem tábua, como o alagoano Marcondes Rocha. O cara é uma besta. Em frente a um imenso mapa do mundo, ele demora séculos pra achar a África do Sul. “Pô brother!”, justifica-se. Quando se apresenta pras câmeras, inventa um novo modelo de voz passiva: “Meu nome é Marcondes Rocha, fui nascido em Maceió...”. O diretor não agüenta: “Corta!!! Eu nasci! Fui nascido é...”. Isso obviamente não será visto nas telas.

O mesmo destino terá a confissão de Eraldo Gueiros. Perguntam pra ele qual a mulher mais gostosa do Brasil. O cara enrola e não responde. A fita acaba, a imagem escurece, mas o áudio permanece. Ouve-se a voz de Eraldo, cristalina: “Fernanda Lima! Vou comer a Fernanda Lima, hehehe!!!

Merecia um lugar na trilha sonora a músca Surfista, do Casseta & Planeta.

Eu não entendi
Me dá uma pista
Explica de novo
Que eu sou surfista

Aquela piada que você contou
Era radical
Só não entendi o lance engraçado
Que tinha no final

Eu sempre pensei que ler um livro
Não era nenhum sacrifício
Mas se eu não saquei nem o prefácio
Imagina o pré-difícil

Eu queria dar a minha opinião
Sobre a nova ordem mundial
Eu acho que pôa parada, aí
Pô aí, nada a ver
Baixo astral

Vocês não entedem
Mas eu sempre me lembro
Vocês que são cabeça
Eu sou mais tronco e membros

Eu pensei numa parada esperta
Que ainda não rolou
De repente a gente ia
Junto pra Brasília
Chegava lá e pá, morou?