Como jornalista desocupado que sou, essa semana estive na Univesidade Estadual do Rio de Janeiro, vulgo Uerj, conferindo um seminário sobre telejornalismo online. Realmente foi muito proveitoso assistir a um dos palestrantes palitando os dentes e dando uma aula de "palito hidráulico", durante a fala de outro companheiro de mesa. Quase mandei uma pergunta por escrito: "Vai um fio dental emprestado?". Ainda mais constrangedora foi a intervenção de uma estudante de comunicação estúpida, que "apresentava" o seminário. Apressada em fechar os debates, ela falou pro "rei do palito": "Suas considerações finais, e-mail, vai mandar beijo pro pai, beijo pra mãe?".

Mas o mais me emocionou foi ter encontrado Rodrigo Rodrigues, ícone rebelde do jornalismo universitário e que nos dias atuais engraxa a careca do Marcelo Tás no programa Vitrine. Carioca da gema e morando em São Paulo há mais de um ano, Rodrigo não sabia se prestava mais atenção nas palestras ou nas morenas bronzeadas que passavam à sua frente (artigo raro em Sampa). Metido a besta, dispensou a boca livre que foi devorada em instantes pelos mortos de fome da paupérrima universidade. Uma pena que o papo foi curto, já que Rodrigo saiu correndo para assistir o seu Flamengo jogar contra o Madureira no estádio da Rua Bariri, válido pelo emocionante Caixão 2002.