19.8.02



Piquet fez 50 anos no último sábado. Sempre gostei mais da irreverência dele que do bom mocismo do Senna. E Piquet continua o escroto de sempre. Sente só um trecho da entrevista no Globo:

Se você fosse o dono de uma equipe de F-1 contrataria o Rubinho Barrichello como piloto?
PIQUET: Sim. Contrataria como o segundo piloto...

Você acredita que ele possa incomodar o Schumacher em 2003?
PIQUET: Rubinho só tem uma maneira de superar o Schumacher: procurar um pai de santo na Bahia e pedir um trabalho para que o Schumacher quebre as duas pernas.

Quese me mijei de tanto rir! Não é de hoje que Piquet deita e rola em cima de Rubinho. O capacho de Shumi acusou o golpe há alguns meses, numa entrevista à Playboy. Ele disse que tudo o que Piquet fala vai se virar contra o filho Nelsinho, que aos 17 anos lidera com folgas o campeonato de Fórmula-3 Sul-Americana. Realmente seria interessante se o filhote do Piquet virasse um Barrichelo II. Aí eu queria ver o ele ia falar.

# Sábado rolou um boato forte de que o Belo tinha sido morto como queima de arquivo. Umas cinco pessoas falaram isso. Ouvi pela primeira vez no caixa da farmácia. Um funcionário chegou com a notícia. Comentei que ele não faria a menor falta e a caixa protestou: “não, eu ainda tenho que ver um show dele!!!”. Respondi para a coitada que “se aquilo fosse verdade, agora só no além”.

# Mendigos têm invadido as 23 pistas de skate do Rio. Taí uma bela solução pra resolver o problema da moradia: ocupar áreas sem utilidade para a população. Os campos de golfe do Itanhangá e de São Conrado, bem como o Jóquei e a Sociedade Hípica, são dois exemplos de lugares inúteis que ocupam um espaço tremendo. O estádio do Flamengo, na Gávea, também poderia ser classificado como “área improdutiva”.

# Concordo com o que o Odysseu Kapim falou sobre o fim do Free Jazz. O que mais chamava atenção era o tal do village, o espaço “democrático” onde as pessoas circulavam. Pessoas não. Playboys, patricinhas, putas, gente que ia pra lá pra arranjar confusão. Até quem gostava de jazz já tinha se afastado do festival, já que o modorrento ritmo musical era minoria na escalação. Beleza. Agora só falta o ATL Hall falir e acabar com os caríssimos ingressos e o Rock in Rio ser sepultado de vez.

# Porra, Skylab! Tanta expectativa pro show e pro disco... O primeiro foi longo e chato. E o disco, "Skylab III", eu diria que é “conceitual”, termo que os críticos de música usam quando não têm coragem de dizer que é fraco. A única música realmente boa é “Cocô” (“por você eu como até o seu cocô”), que ainda dá uma sacaneada nos produtores culturais. Uma pena que músicas boas presentes nos shows ficaram de fora, como “Chico Xavier é viado, Roberto Carlos tem perna de pau”. Resta esperar o "Skylab IV".