era tarde do dia do meu aniversário descobri q o odeon iria exibir naquela noite o filme "a conquista", sobre o título tricolor da copa do brasil. liguei pro cinema. os ingressos já haviam terminado. tinha marcado um pequeno rega bofe em casa, mas 20 min antes da sessão liguei prum colega meu q já estava no cinema. "tinha um cara vendendo convite na porta", ele me falou. foi a senha pra q eu chegasse na porta do odeon em menos de 20 min. convite dado, adentrei numa sala de cinema q mais parecia arquibancada, com faixas estendidas e gente cantando sem parar.
na pressa, nem deu tempo de comer. a fome apertava, mas me lembrei dos pobres torcedores do flamengo, q para comprar ingresso dormiram três dias fila (muitos em vão), apanharam da polícia, passaram o diabo. quando ia começar a chorar de tristeza, as luzes do cinema apagaram.
antes do filme começar, uma propaganda de desodorante mostrava uma partida tosca. depois de um gol legítimo anulado, os jogadores correram para protestar contra a bandeirinha, simplesmente a ana paula oliveira. a galera explodiu, sacaneando o botafogo, garfado pela coelhinha da playboy na mesma copa do brasil.
não vou dizer q o filme merecia uma edição e uma montagem melhores. tb não vou comentar sobre o longo e enfadonho depoimento do atual presidente do flu, roberto horcades, antes do filme. como todo bom filme, os diretores deveriam começar metendo o pé na porta. e o começo ideal seria a cena do vestiário antes da final, em q o preparador físico, fábio mahseredijan, se esgoela tal qual um capitão nascimento. no momento mais pândego, joel santana, técnico do time em quatro dos 12 jogos e atualmente no império do mal, reivindica 40% do título. tremendo fanfarrão.
divertida tb é a comemoração do presidente da unimed, patrocinador do clube, q acompanha o coro dos jogadores: "puta q pariu! é o melhor patrocínio do brasil!". no cinema ecoava uma versão diferente: "a unimed é melhor do q a amil". entre entrevistas q pouco somam, o documentário traz um belo furo de reportagem ao contar a história do neto do nelson rodrigues, q foi à final contra o figayrense, em flurianópolis. o maluco deu de cara com um poster do timeco já declarado campeão. mais ou menos como os jornais fizeram com o brasil na copa de 1950. mário vítor comprou o poster e conseguiu fazer com que ele chegasse à comissão técnica do flu. diferente dos uruguaios, q mijaram nos jornais q já anunciavam o brasil campeão, o poster foi rasgado pelos tricolores. o resto é história.
confira o trailler do filme
se solidarize com o desrespeito profundo aos rubros-negros