30.12.03

SENHOR DOS ANÉUS

Breve recapitulação para quem me lê há pouco tempo:

Devo ter sido o primeiro sujeito nesse mundo blogueiro a perceber a boiolice hobbit depois de assistir ao primeiro filme, a Sociedade do Anel. As pequenas criaturas dormem na mesma cama, usam uma armadura mágica que parece um babydol e vão a uma taverna chamada Pônei Saltitante (belo nome para um bar GLS). Entre os dois hobbits Sam e Frodo parece haver algo a mais de que amizade. Uma amizade colorida. Somando a isso o objetivo da saga, que é levar Frodo para queimar o anel num vulcão, não titubiei em considerar o Senhor dos Anéis como o filme gay mais caro da história do cinema. O texto acabou parando numa lista de discussão de fãs do livro, que me encheram de argumentações iradas, devidamente respondidas aqui e aqui também. Estive num evento de fãs da saga, onde prendi o riso ao trocar idéia com uma mulher vestida de elfa, que momentos antes havia proclamado poesias élficas, e que horas mais tarde se reuniu com outros doentes para assistir ao Oscar, na vã esperança do filme ser premiado.



Veio a parte dois da saga, As Duas Torres. Desarmei meu espírito e fui assistir com a maior boa vontade. Não deu. Além de ser muito chato, n´As Duas Toras, os trejeitos boiolas de Sam e Frodo se intensificam e a quase ausência feminina contribui para a afirmação da epopéia gay. Dessa vez, porém, o texto sobre o segundo filme não causou tanta polêmica. Teriam os fãs perdido a moral? Chamar o Senhor dos Anéis de filme gay ficou redundante? Agora restava esperar pelo último filme...