1.12.08

Nesse fim de semana rolou a Primavera dos Livros, espécie de bienal da segunda divisão. Já falei sobre isso nesse blog ano passado (ou retrasado, não lembro), mas é impressionante como a coisa continua igual. A feira começou no Jockey Clube, lugar nobre. Mas com o passar dos anos veio parar no Palácio do Catete, revelando o início do declínio. Dá constrangimento passar pelos stands e ver as caras de cachorros pidões dos editores. Nessa hora eu tenho vontade de ficar com cara de playboy, de burro, pros caras não olharem minha cara de intelecutualóide e me acharem um potencial consumidor de cultura.

Pelo menos no domingo foi curioso ver o Mano Melo declamar uma poesia cheia de nomes russos e duplo sentido na frente de algumas criancinhas que não entendiam nada.

Já falei que a feira deveria mudar o nome para Outono dos Livros. Não duvido que daqui a algumas edições, a Primavera vai cair para a terceira divisão e aportar em algum lugar do tipo Quinta da Boa Vista ou estacionamento do supermercado Extra.

Falando nisso, sábado estive em dois lugares clássicos do Rio: no Mercadão de Madureira (minha estréia) e na Feira dos Paraíbas. Se eu lembrar eu conto como foi.