9.5.06

Não cheguei a assistir o Segredo de Brokeback Mountain, mas estive há alguns dias na sua versão brasileira, a Chapada dos Veadeiros.



A Chapada é desde priscas e pictórias eras local de encontro de maconheiros.



Pena que os maconheiros não aproveitam as fascinantes cachoeiras pra tomarem banho. Anda-se para caralho para chegar na maioria delas. Mas como o lugar é místico, tem gente que diz que vai de disco voador. Há desde hidromassagens sensacionais, como essa da foto acima. Veadeiros lamentam a existência de chuveirinhos naturais.



Na volta, fui dar um rolê em Brasília. Acima, um dos raros trabalhadores do Congresso. Lá dentro foi bastante edificante ver um deputado do PT baiano fazer uma explanação sobre o título mundial do Popó, enquanto que o presidente da mesa, Inocêncio de Oliveira, cagava e andava pro dito cujo, prestando atenção apenas quando o tempo de cinco minutos estourou e o nobre deputado implorou para falar mais. Enquanto isso, um dos cameraman coçava o saco e olhava para o relógio que teimava em andar devagar.



O Salão Verde é uma espécie de ante-sala do plenário. Nos confortabilíssimos sofás nossos honrados homens podem tirar um belo ronco. Na parede de um extenso corredor está pintado o Estatuto de Homem, de Thiago de Mello. No Congresso leva-se ao pé da letra o Artigo II: Fica decretado que todos os dias da semana, inclusive as terças-feiras mais cinzentas, têm direito a converter-se em manhãs de domingo. Fui até o gabinete do Enéas, mas o ex-barbudo estava de licença médica. Também não encontrei o meu deputado, o ex-craque tricolor Delei, cujo voto foi merecido graças ao lançamento para o Assis marcar aos 45 minutos do segundo tempo o gol que deu o título estadual de 1983 em cima do Flamengo. Taí um cara que realmente fez por mim!