30.8.02

TV, A MÍDIA MAIS TRASH

No Comando da Madrugada, de volta na Band, uma puta na Rua Augusta, a Vila Mimosa de São Paulo, falava descontraidamente de sua vida: “tenho três irmãs na noite e fui estuprada com 11 anos.”. Outra “prima” reclamava que a maioria dos homens “é tudo porco”. “A primeira coisa que eu faço quando eu chego em casa é me lavar toda!”. E ela já viveu algo semelhante às letras do Rogério Skylab. “A coisa mais triste que me aconteceu foi quando um homem me pagou 400 reais pra comer as minhas fezes”. Porra, se duvidar esse cocô é mais caro que caviar! Com essa grana eu ia toda semana num rodízio de massas durante um ano. E vendia o meu cocô pra esse cara por um preço bem mais em conta.

Monique Evans vendendo produto erótico: “o preço é menor que o piru do seu amigo”.

O canal 14 da Net, a TV Comunitária, é povoada de programas trash. Talvez o pior deles seja o “Oportunidades”, sábados, lá pelas 7 da noite. Comandado por Celeste Maria, que parece uma daquelas “tias suburbanas”, o programa é um espaço para “novos talentos”. Um deles era um paraíba que cantava uma música brega (desculpem a redundância). Atrás dele dançarinas faziam coreografias no pior estilo chacrete, sem a menor sincronia. Uma delas, por ser mais alta que as outras, tinha a cabeça cortada pelo enquadramento da câmera. Terminada a bela canção, o cantor faz a sua propaganda sincera: “NÃO TENHAM VERGONHA DE ME LIGAR”. Enquanto isso, duas dançarinas aproveitam para enxugar o suor com uma toalha. Celeste Maria é a bola da vez! Te cuida Hebe Camargo!

Monique Evans para o Falcão: “tem mulher que faz desenho de pênis na mandioca e usa”. O mestre cearense: “e quando sai já vira farinha”.

Às vezes quando nenhum canal passa nada de interessante eu deixo na Record e espero aparecer aquela vinheta tosca da bola “passeando” em volta do Maracanã. Além de ser tenebroso, o negócio contraria as leis da física. Numa seqüência, a bola cai no gramado do Maracanã e quica um pouco. Deve ser pesadíssima. Que nada. Vem um garotinho e chuta a bola pra fora do estádio. O moleque deve ter chutando muita santa pra ganhar força na perna.

Monique Evans pro Wando: “tua boca é tão grande que engole a xana toda!”.

"Uê Vela, você não vai falar da propaganda eleitoral?". Sobre eleição eu só falo no Voto Que Pariu. Vão pra lá.

27.8.02

Nike, cagado do Surra de Pão Mole.

# Diz o jornal O Globo que o Fluminense vive a síndrome da “Betodependência”. Isso porque o jogador esteve em campo nas duas vitórias do time no Campeonato Brasileiro. Sem Beto o Flu empatou dois jogos e perdeu outro. Pode-se dizer então que foi criada uma corrente. O Flu depende do Beto, que depende de cachaça.

Aliás, esqueçam o que eu escrevi. Os ares nobres das Laranjeiras vêm fazendo bem aos novos contratados. Beto, que antes era conhecido como "Cachaça”, virou “Roberto Ballantines”. E Romário, cuja ex-mulher era uma evangélica suburbana, agora freqüenta a mesma saúda da windsurfista Dora Bria. Bela mudança!


Caiu na rede é do peixe. E que peixão...

# Esse novo funk vai deixar qualquer um (elias) Maluco:



Vai Ratinho, vai Ratinho!!!
Eu vou pegar a espada ninja e meter no seu umbiguinho!!!
Vai Ratinho, vai Ratinho!!!
E depois vou te virar e rasgar o seu cuzinho!!!


É Elias Maluco, o certo tá fechando.

# O Rio vai ser sede dos Jogos Pan-Americanos em 2007. Bela notícia. Tomara que antes disso eu consiga retomar a minha carreira de jornalista esportivo.
A série VOCÊ VIU PRIMEIRO NO BLOG DO VELA continua:

Não pára
Popular prostíbulo do Rio, com suas 70 casas, a Vila Mimosa ganhou um endereço na internet.
Além de dados históricos, no www.vilamimosa.com.br há informações diversas, como a de que o local funciona 24 horas, “incluindo feriados e dias santos”.


Essa notinha saiu na coluna do Ricardo Boechat, no Jornal do Brasil. Cansei de falar do puteiro com a desculpa de levar meus inocentes leitores a visitarem o site ou até mesmo o point. Na eleição que promovi aqui no blog para a escolha da Verdadeira Maravilha do Rio, a Mima, como é carinhosamente conhecida, ficou em segundo lugar, perdendo para o Piscinão de Ramos.

Faltou dizer também que o site tem uma sala de bate-papo, onde certa vez quase encontrei com o Madruga. Muito bizarro.

Acorda Boechat! Aproveita que você falou da página e passa lá na Mima. Você tá precisando dar uma relaxada. Leva também alguns repórteres da sua equipe. Eles vão adorar.


Vem Boechat, vem me tomar...
Tem uma piranha rebolando nos comentários do post anterior!!!

26.8.02

É flagrante a melhora do sistema carcerário brasileiro. "Boneco", primeiro policial brasileiro incorruptível, fazia a vigia na penitenciária em Taubaté (só podia ser a terra do Mazaropi). Infelizmente o "policial" foi despedido ao ser pego trepando com uma boneca inflável. Mas fica o exemplo de ótimos serviços prestados à população.



Também na semana passada descobriram na cela de um presídio em Recife linhas telefônicas. Que maravilha! Daqui a pouco os presos terão acesso à internet e poderão ler o meu blog. Não é emocionante!?

Quem deveria ser preso é o sujeito do Globo Esporte que inventou esse negócio de torcedor vestido de vampiro aparecer no Faustão. A Globo tá apelando tanto pra promover essa novela de vampiro que é capaz do Wiliam Bonner e a Fátima Bernardes apresentarem o Jornal Nacional de hoje vestidos à carater.
Fui numa mostra de seriados antigos no mezanino da Cobal do Humaitá. Matei saudades do melhor da cultura milenar japonesa: Spectreman, Ultraman, National Kid, Jaspion. Pra minha alegria o galera do fã-clube do Star Wars estava lá, jogando RPG, discutindo pra ver qual jedi tem o maior sabre, essas coisas. Pena que não tinha ninguém fantasiado, como no Jedicon (vejam as fotos, imperdível).

Estava eu observando o movimento quando chegou um casal daqueles que freqüentam boates da Barra da Tijuca, pra devolver um filme na locadora. Quando viu os nerds, a moça fez cara de assustada, enojada. Típica reação desse povo quando vê alguém diferente deles. O playboy parou diante da vitrine onde estavam expostos uns brinquedos antigos. De boca aberta (outra típica reação para a mesma situação) deve ter pensado “pô aí, playmobil! Pó, isso era do meu tempo... que sinistro aê, pode crer”.

Esse encontro involuntário de tribos distintas é uma coisa que eu adoro presenciar. Sociologia trash.

Saí da sessão e para o meu deleite uma televisão instalada no mezanino passava um vídeo com nerds fantasiados de personagens de Star Wars numa sala de um apartamento. “Será que vai rolar putaria?”, perguntei pro meu chaveiro do Ultraman. De repente um cara levanta do sofá, fala alguma coisa inaudível (o volume estava baixo), bota um capacete do Darth Vader e saí da sala, para surpresa da princesa Leia. O pessoal do fã-clube estava todo concentrado num canto, pareciam envergonhados. Fui embora antes que explodisse de tanto rir.

Finalmente encontrei o motivo pelo qual valeu a pena o George Lucas ter retomado a série Guerra nas Estrelas. Os dois filmes são absolutamente dispensáveis, mas pelo menos mantiveram essa galera ativa, divertindo as galáxias.
Quero deixa claro ao Odisseu Kapyn, do Cocadaboa, e aos meus digníssimos leitores que ao contrário do que ele escreveu eu não tenho A MENOR INTENÇÃO de ir ao show do Absinto, o do ursinho blau-blau, na Casa de Cultura Estácio de Sá. Primeiro, porque eles vão tocar RPM e quem vai ao show dessa banda pra ver a cobra do Paulo Ricardo em óculos 3D é o próprio Odisseu. Segundo porque até hoje duvido da existência de um lugar com esse nome. Definitivamente, cultura e Estácio de Sá são que nem água e óleo, não se misturam. Terceiro porque é na Barra da Tijuca e pouquíssimas coisas, como show do Carequinha ou festa do Fluminense, me fariam me despencar até este lugar. E por último, eu nunca daria 15 reais, o preço do ingresso, praquela bicha do Silvinho cheirar pó.

Falando em shows podres, nesse domingo estive no do Caetano Veloso, na praia de Copacabana (o que a gente não faz pela cara-metade...). Pra cantar Haiti não é aqui ele chamou o rapper MV Bill. Trocou o maconheiro broxa do Gilberto Gil por uma carne mais nova. Esse é o Caetano 60.

Mais cedo, vendo o meu Flusão empatar sabe-se lá como com o Santos, me lembrei da partida entre os dois times no Campeonato Brasileiro de 2000, quando no Maracanã o Flu venceu de virada por 2 a 1. Trabalhava em São Paulo e vim pro Rio na sexta à tarde. Por coincidência peguei o mesmo vôo do time do Santos. No saguão de embarque o recém-contratado Edmundo se divertia contando historinhas pros jogadores. No avião sentei na poltrona atrás do goleiro Carlos Germano, louco pra quebrar a perna do goleiro. Dodô sorria que nem um idiota enquanto a aeromoça explicava os procedimentos em caso de emergência. Sequei os jogadores a viagem inteira. No sábado, terminada a cobertura de um torneio de atletismo no complexo do Maracanã, bastava alguns passos para eu pegar o segundo tempo de Flu e Santos. O Santos vencia por 1 a 0 e o Flu não jogava nada. Perto do final do jogo, dois cruzamentos e duas cabeçadas certeiras de César fizeram com que a torcida tricolor esquecesse da geografia e gritasse pro bando santista: “Ê, Ê, Ê, Ê! Praia de paulista é o Rio Tietê!”.

22.8.02



O traficante Pequeno (no meio da fotomontagem) tinha um convite para a exibição do filme “Cidade de Deus”, anteontem, num cinema da Barra da Tijuca. Na entrada, ele foi preso pela polícia, que aguardava a presença de algum meliante. Um dos principais personagens do filme é o traficante Zé Pequeno, uma espécie de precursor do Elias Maluco pela ruindade. Coincidência ou jogada de marketing? Os produtores do filme disseram que não tinham controle sobre os convites, que poderiam pular de mão em mão. O diretor, Fernando Meireles, o mesmo do bom “Domésticas” (pra fazer um filme sobre uma favela foi um pulo), disse que pediu permissão para os traficantes da favela para rodar o filme. Depois, desmentiu. O acerto teria sido feito com a associação de moradores. Ora, se até o Spike Lee pediu pro traficante rodar um clipe do Michael Jakson... E se o tal do Pequeno esperasse até 30 de agosto, quando “Cidade de Deus” estréia nos cinemas, poderia ir mais tranqüilo.

Vi o filme há algumas semanas, no Sesc Flamengo. A exibição – talvez a primeira em terras cariocas depois de um passeio pelo Festival de Cannes, onde não concorreu mas agradou – fechou um debate sobre violência, pobreza, essas coisas. Cheguei no meio de uma boca livre de intelecutalóides que inverteram os versos titânicos. “A gente não quer só arte, a gente quer comida”. Antes da exibição, a co-diretora Kátia Lund deu um número de telefone para quem quisesse levar o filme para ser exibido em sua “comunidade”, o que para aquela gente queria dizer “na favela mais perto de suas confortáveis casas”. Muita gente engajada deve ter anotado num pedaço de papel de seda que mais tarde acabou virando um baseado.

No filme, baseado (ops, de novo!) no livro do “favelólogo” Paulo Lins, o garoto Buscapé conta a história dos primeiros criminosos da Cidade de Deus, conjunto habitacional “afavelado” e afastado do resto da cidade. Buscapé, andando sempre na fronteira entre vida bandida e a honestidade, acaba presenciando e clicando como fotógrafo de um jornal o início do crime organizado no Rio. É um mergulho profundo na violência urbana, suavizado pelas pitadas de humor e até por um duvidoso romantismo bandido. Praticantes de kama sutra, paulistas e jornalistas são alvos de belas sacaneadas. Kátia Lund, a amiga dos traficantes, usa bem a linguagem de videoclip e num final meio “Meninos da Rua Paulo” dos dias de hoje presenteia os fãs do Rappa.

P.S. – Vejam só outra pequena coincidência a respeito do filme. Antes de pegar o metrô da cidade pro Flamengo, comprei um guaraná num vendedor ambulante. Quando cheguei perto, ouvi um sujeito falando pra outro: “hoje quando chegar em casa vou meter no cu da minha mulher. Vai ser no cu porque a buceta tá muito larga”. A finesse da finesse. Durante “Cidade de Deus”, uma mulher em frente ao tanque de roupa ensina pra outra: “aquece uma banana e antes dele meter enfia lá. Dá um tesão...”. Anotaram, mulheres?

19.8.02



Piquet fez 50 anos no último sábado. Sempre gostei mais da irreverência dele que do bom mocismo do Senna. E Piquet continua o escroto de sempre. Sente só um trecho da entrevista no Globo:

Se você fosse o dono de uma equipe de F-1 contrataria o Rubinho Barrichello como piloto?
PIQUET: Sim. Contrataria como o segundo piloto...

Você acredita que ele possa incomodar o Schumacher em 2003?
PIQUET: Rubinho só tem uma maneira de superar o Schumacher: procurar um pai de santo na Bahia e pedir um trabalho para que o Schumacher quebre as duas pernas.

Quese me mijei de tanto rir! Não é de hoje que Piquet deita e rola em cima de Rubinho. O capacho de Shumi acusou o golpe há alguns meses, numa entrevista à Playboy. Ele disse que tudo o que Piquet fala vai se virar contra o filho Nelsinho, que aos 17 anos lidera com folgas o campeonato de Fórmula-3 Sul-Americana. Realmente seria interessante se o filhote do Piquet virasse um Barrichelo II. Aí eu queria ver o ele ia falar.

# Sábado rolou um boato forte de que o Belo tinha sido morto como queima de arquivo. Umas cinco pessoas falaram isso. Ouvi pela primeira vez no caixa da farmácia. Um funcionário chegou com a notícia. Comentei que ele não faria a menor falta e a caixa protestou: “não, eu ainda tenho que ver um show dele!!!”. Respondi para a coitada que “se aquilo fosse verdade, agora só no além”.

# Mendigos têm invadido as 23 pistas de skate do Rio. Taí uma bela solução pra resolver o problema da moradia: ocupar áreas sem utilidade para a população. Os campos de golfe do Itanhangá e de São Conrado, bem como o Jóquei e a Sociedade Hípica, são dois exemplos de lugares inúteis que ocupam um espaço tremendo. O estádio do Flamengo, na Gávea, também poderia ser classificado como “área improdutiva”.

# Concordo com o que o Odysseu Kapim falou sobre o fim do Free Jazz. O que mais chamava atenção era o tal do village, o espaço “democrático” onde as pessoas circulavam. Pessoas não. Playboys, patricinhas, putas, gente que ia pra lá pra arranjar confusão. Até quem gostava de jazz já tinha se afastado do festival, já que o modorrento ritmo musical era minoria na escalação. Beleza. Agora só falta o ATL Hall falir e acabar com os caríssimos ingressos e o Rock in Rio ser sepultado de vez.

# Porra, Skylab! Tanta expectativa pro show e pro disco... O primeiro foi longo e chato. E o disco, "Skylab III", eu diria que é “conceitual”, termo que os críticos de música usam quando não têm coragem de dizer que é fraco. A única música realmente boa é “Cocô” (“por você eu como até o seu cocô”), que ainda dá uma sacaneada nos produtores culturais. Uma pena que músicas boas presentes nos shows ficaram de fora, como “Chico Xavier é viado, Roberto Carlos tem perna de pau”. Resta esperar o "Skylab IV".

15.8.02

A BOA DO FIM DE SEMANA


Skylab adulto e recém-nascido, na capa do disco

Poucos artistas da atualidade têm o dom de causar incômodo, repulsa, como Kubrick fez no cinema e Rubem Fonseca na literatura, só pra ficar nesses dois exemplos. Rogério Skylab é assim. É impossível ficar indiferente às suas bizarrices. Nessa sexta o esquisito lança Skylab III no Balruim, lá pelas 11, meia-noite. O ingresso a 15 reais dá direito ao disco novo. Vai lá e diga se você amou o odiou.

E sábado, no longínquo Olimpo, em Vicente de Carvalho, tem Roupa Nova. Chegar lá não é difícil. É só pegar a Estrada Velha da Pavuna até o final e virar à direita no Shopping Carioca. Desaconselhável para quem não possui vidro blindado no carro. Sobre a veterana banda – cujo meu maior interesse é na sobrinha de dois de seus integrantes – deixo que o sensacional Rei do Brega fale por mim.

(by Jorge Malcher) Mais um dos inúmeros casos de artistas brasileiros que preferiram o mau-caminho, essa banda também se iniciou em fins dos anos 70 como promessa da boa MPB. Formada por razoáveis músicos e vocalistas, começou gravando coisas bacanas como Sapato Velho (bela composição de Cláudio Nucci, membro do Boca Livre). Só que, por volta de 82, gravaram um arremedo de rockzinho chacundum de baile de quinta categoria chamado “Whisky a go-go” (que foi tema de novela e até hoje é executada com insistência em festinhas animadas por bandas “profissionais” e “ecléticas” tipo a brasiliense “Squema Seis”). Foi o suficiente para a banda enveredar de vez para um rock romântico cheio de reverb na bateria, que misturava hard-rock farofeiro com a essência das baladas bregas nacionais. Hits como Linda e Coração Pirata tocam até hoje nas madrugadas das rádios especializadas, mas o grande sucesso mesmo deve ter sido aquela em que aquele baterista-vocalista-poodle usa seu "microfone da Madonna” para berrar “Eu te amo e vou gritar pra todo mundo ouvir/ você é o meu desejo de viver / Sou menino e seu amor é o que me faz crescer / e me entrego corpo e alma pra você...” (repare no duplo sentido do terceiro verso). Hoje em dia, coroas, barrigudos, carecas, barbudos e grisalhos, os rapazes tentam posar de mauricinhos em videoclipes superproduzidos, sem NENHUMA NOÇÃO de suas idades e formas físicas... Afe!

Para completar o fim de semana trash, só mesmo indo ao cinema assistir “Malditas Aranhas”.
# Homem perde a língua ao tentar estupro.
A polícia prendeu ontem Ernani do Nascimento Fraga Filho, de 20 anos, que perdeu parte da língua durante uma tentativa de estupro em São Bernardo (MG). Ernani teria entrado na casa da vítima com uma camisa no rosto, agarrando-a e tentando estuprá-la. Após lutarem, a vítima conseguiu arrancar a camisa do seu rosto e mordeu a sua língua, arrancando parte dela. Em seguida, Filho fugiu. O bandido foi preso quando fazia uma consulta numa Policlínica.


Que maravilha! Já pensou se o cara tivesse forçado a mulher a pagar um bola gato?

# Quero agradecer aos 10 amiguinhos que me colocaram entre os 10 melhores blogs do sistema solar, o que muito me envaidece. Que a força divina ilumine os seus caminhos.

A segunda fase da eleição já começou e será decidida pelo votos do leitores. Por isso, conto com o apoio maciço dos fãs do Senhor dos Anéis, das viúvas do Romário e de todos os "rotulados" de plantão.

Quero dizer que não me importo com o resultado. Mas a vitória no concurso seria muito importante para mudar a minha vida. Sinto o cheiro da fama no ar. Como diria aquele desenho do Pica Pau, "carros... mulheres...mansões...iates...100 mil dólares...".
É com orgulho que apresento a seção VOCÊ OUVIU FALAR PRIMEIRO NO BLOG DO VELA.

No jornal O Globo de terça e quarta saíram notas sobre os programas de televisão há tempos comentados aqui no blog.

Nota 0 – Para a verdadeira desconstrução da linguagem televisiva que é o semanal apresentado por Daniel Sabbá na CNT. A falta de sincronia é total e não apenas entre o som e a imagem. É praticamente um programa inovador.

E no dia seguinte, a mesma coluna do Segundo Caderno diz que “a nova febre entre os televisivos é assistir a “Gente que brilha que nem purpurina”. Apresentado pelo travesti Lady Christine, o programa tem até um quadro intitulado “gayssificados”. É o trash do trash... Na Band, sexta de madrugada.

Serviço: Sabbá Show, sábados, 11 da noite, na CNT; Gente que brilha que nem purpurina, sextas, lá pela 1 e meia da madrugada, na Band.

Exclusivo para o Rio de Janeiro.

13.8.02

ENQUANTO ISSO NA EUROPA...

O barquinho vai... a tardinha cai...

# Desagradável abrir o globo.com pra ver meus e-mails e saltar na tela uma propaganda de Viagra do Pelé.

# O traficante André Capeta, que participou do assassinato do Tim Lopes, tomou um teço na cabeça e morreu. Como diria o mestre Alborguetti, “FOI PRO COLO DO CAPETA!!!”.

# Exame da USP revelou que a tal mancha no vidro da janela é defeito de fabricação e não uma santa. Já tava vendo a hora em que algum bispo da Igreja Universal ia aparecer chutando o vidro e gritando “é só uma santa de vidro!!! Aqui ó!!!”.

# Dizem que o programa trash humorístico “Plantão de Notícias” vai voltar em algum canal de tevê aberto. Aguardo com ansiedade.

# Uma ex-mulher do saudoso Mussum está passando dificuldades. Com o filho de 8 anos doente, ela está ameaçada de despejo por não ter dinheiro para pagar o aluguel da casa, em São Paulo.

Falta grana até pro MÉ.

# Aqui perto de casa uma loja de colchões inovou. Botou umas pessoas fantasiadas de personagens do Sítio do Pica Pau Amarelo pra chamar a atenção. O porquinho, a Emília, o Visconde e a Cuca ficavam dançando pagode na calçada. Muito bizarro. Era difícil alguém passar por ali indiferente. Ou ria ou ficava assustado. Ficou a pergunta: será que isso ajudou a vender colchão? As criancinhas, coitadas, devem ter tido pesadelos. Lembrei da inesquecível madrugada quando encontrei um teletubie no ônibus.

# O Mc Donalds voltou com aquela promoção do big mac. A pessoa pede o sanduíche, que vem com refrigerante e batata, e pra ganhar um super big mac tem que cantar “dois hamburgeres, alface, queijo, molho especial, cebola, picles, num pão com gergelim”. A diferença de preço dos dois é de + ou - 2 reais. Graças a esses dois reais que presenciei o momento ridículo. A garota pediu o big mac e a caixa botou pilha: “se você cantar a musiquinha ganha um super big mac”. A garota, envergonhada, cantou baixo e a caixa não aceitou. Pra piorar, chamou uma porrada de funcionários da lanchonete e pediu pra garota cantar de novo, mais alto. Os caras bateram palmas e a garota quase pediu um saco de papel pra enfiar na cabeça.

# Esqueci de incluir outros motivos que me deixam aliviado em não ser pai:

- Não ter um filho gótico, que passa até ano-novo de preto, pensa que é vampiro e faz odes à Lua nos cemitérios. Faço votos que essa novela nova da Globo ridicularize essa escória;
- Não ter um filho que vive jogando no computador, em casa ou nessas lojas repletas de computadores em rede. Não muito diferente de fãs de RPG e afins.

Se lembrar de mais algum tipo eu falo.

# Já foram ao Voto que Pariu? Tá mais escroto que o Serra sambando na Vila Olímpica da Mangueira.

12.8.02

Estou altamente engajado na campanha da Holly Golightly pela volta do programa do Alborghetti em rede nacional. Ratinho, seu pupilo, já deu no saco.



Sabe aqueles trejeitos amalucados do Quico, do Chaves? Tem muito de Jerry Lewis. Do Jim Carrey nem se fala. O Maskara é um Lewis mais exagerado. Pois bem, desde a semana passada e até o final dessa semana tá rolando no Telecine Feliz, canal 64 da Net, o festival Jerry Lewis.

Dos filmes que passaram até agora, o melhor foi o Meninão, em que Lewis finge ser um moleque de 12 anos pra escapar de um bandido. Mas também teve coisa ruim, como o Rei dos Mágicos, com um Lewis travado, onde um coelhinho esperto é quem garante o riso. O brabo na maioria dos filmes de Lewis é ter que aturar a cantoria chata do Dean Martin. Pelo menos serve pra ir ao banheiro ou ir à cozinha tomar uma.

Depois de assistir a um filme de Jerry Lewis você vai ver Quico e Jim Carrey com outros olhos.



Cartaz do Meninão, com Lewis de marinheiro. Lembra alguém?
“Atenção passageiros, aqui quem fala é o comandante da aeronave. Neste momento estamos sobrevoando o Estádio do Maracanã, onde Romário faz a sua estréia no Fluminense”

Este aviso certamente foi transmitido aos passageiros dos 6 ou 7 aviões que sobrevoaram o Maracanã na tarde deste domingo. Um deles chegou tão perto que pensei que fosse a turma do Bin Laden. Vai ver era mesmo. Mas quando viram que não era a torcida do Flamengo desistiram.

Dentro de campo, o Beto me impressionou bastante. Da arquibancada dava pra sentir o cheiro do bafo de cachaça do sujeito. Jogou tão mal que nem reparei quando foi expulso. Quanto ao Romário, continuo achando estranho a imagem do Baixinho com a camisa tricolor. Mas no final do jogo não deu pra segurar e pela primeira vez acompanhei o coro de ROMÁRIO! ROMÁRIO!. E não é que no meio de 70 mil pessoas encontrei meu colega vascaíno, o viúvo do Romário? Tava de preto, é claro.

E a filhinha do Baixinho, hein? A garota com 12 anos já é da altura do pai e tem uma tremenda cara de puta. Imagina só daqui há pouco tempo (anos? Meses!?) algum coleguinha de colégio da Moniquinha chegar pro Romário: “aí, tua filha é um tesãozinho. Comi gostoso!”.


Moniquinha dá a patinha pro papai

9.8.02

Amigos leitores, companheiros de blog. É com orgulho cívico que eu, Vela, me coliguei a outros quatro blogueiros corruptos e levianos para formar o Voto Que Pariu. Só não é mais divertido que comício do Garotinho.
A BOA DO FIM DE SEMANA

Star Wars Jedicon in Rio 2002. O rocambolesco nome é nada mais nada menos que o encontro dos fãs de Guerra nas Estrelas. Será neste sábado, na Avenida Nossa Senhora de Copacabana, 360, na Sala Baden Powell. A entrada custa 4 reais, mais um quilo de comida. Quem tem até 12 anos paga meia. Mas calma, não é 12 anos de idade mental! Se fosse assim todo mundo pagava meia. O prefeito César Maia dá novas provas de insanidade ao patrocinar o evento. Mas por que eu digo que essa é a boa do fim de semana? Ora, só de ficar na porta vendo os mongolóides chegando de todas as partes do Brasil fantasiados de jedi, darth vader, princesa leia, soldado imperial já vale boas risadas. Mais engraçado que isso só mesmo a porta do baile gay do scala.
Alguns motivos que me deixam aliviado por não ser pai.

- Não ver meus filhos imbecilizados e sodomizados pela Xuxa, Sandy Júnior e afins;
- Não ter um filho retardado que só lê história em quadrinhos, idolatre Senhor dos Anéis e tenha como maior diversão jogar RPG;
- Não ter um filho que na véspera do dia dos pais participe do encontro nacional dos fãs de Star Wars;
- Não ter um filho que freqüente lugares como Estação Botafogo, Cine Odeon e Santa Teresa, que use camisas do Che e do PSTU e que seja avesso ao banho;
- Não ter um filho playboy que curta a naite bombada e volte pra casa bêbado, carregado pelos “amigos”;
- Não ter um filho que use piercing, ouça música eletrônica e vá a festas rave em Vargem Grande;
- Não ter um filho que deixa o cabelo crescer e faça carinha de malvado só porque usa uma camisa do Iron Maiden;
- Não ter um filho que patrocine o tráfico de drogas curtindo uma onda com a galera.
- Não ter uma filha que dê para qualquer um desses tipos acima;
- Não ter uma filha que escreva blogs fofinhos;
- E o pior de tudo: ter um filho framenguista. Cabível de expulsão de casa.
A estréia do Romário no meu Flusão levará pelo menos 50 mil pessoas ao Maracanã neste domingo. Deverá ser como Nélson Rodrigues imortalizou. “Os tricolores vivos sairão de suas casas e os mortos, de suas tumbas”. Confesso que ainda estou com o pé atrás. Como disse o tricolor Millôr Fernandes, “não conheço nada mais antifluminense que Romário”. Por enquanto, me divirto com os vascaínos viúvos do Baixinho e com os flamenguistas humilhados. Todos são quase unânimes em rogar pragas. Ou quase. Um colega meu vascaíno quer ir aos jogos do Flu pra ver Romário. “Você tem agora um dos maiores jogadores da história do futebol”, setenciou.

A dor de cotovelo mais ridícula foi a do jornal O Globo. No sábado passado, dia seguinte do acerto entre Romário e o Flu, o jornal estampou uma foto de 1999, na qual o pessoal do Casseta & Planeta estica uma camisa no corpo do jogador com os dizeres “Não use drogas. Não torça pro Fluminense”, mais ou menos assim. A legenda diz que o jogador havia ironizado o clube, quando na verdade os autores da piada foram Bussunda & cia. Tanto que Romário se recusou a vestir a camisa. A diretoria do clube ficou revoltada e conseguiu na justiça que a brincadeira não fosse ao ar. O Casseta respondeu à altura mostrando os três gols do Friburguense, que havia vencido o Flu naquele fim de semana por 3 a 2 no Maracanã.

O interessante é que dois dias antes a Folha de São Paulo disse que Romário tinha acertado com o Flamengo graças a um empurrãozinho da Globo, interessada na audiência que o jogador poderia trazer ao “clube mais popular” do Brasil.

# Faz alguns anos que a minha mãe pegou pra mim um autógrafo do Romário numa churrascaria. Me senti ofendido quando ela me deu aquele pedaço de papel. Agora não lembro se larguei no meio das minhas tralhas ou se rasguei. Vou procurar.

2.8.02

Êba!!! Puxa vida, hoje estou feliz da vida!!! Recebi mais dois votos na eleição que indicará o blog mais espetacular da face da terra!!! Iupiiiiiiii!!! Agora estou entre os tops! Valeu Beto! Valeu Chico Barney! Vo6 são muito legais, de verdade!!!

# Agora voltando ao normal. Nesse texto sobre Santa Teresa, “O Bairro dos Babacas”, só faltou mencionar que os freqüentadores e moradores do lugar não precisam subir o morro pra comprar drogas, já que o bairro fica no alto do morro.

# O tradicional Troféu Santa Clara elege os piores programas da televisão brasileira. Infelizmente só participam pérolas que passam em rede nacional ou apenas em São Paulo. Por isso, Daniel Sabbá e Lady Cristiny não participam. Uma pena.

# O FILME GAY MAIS CARO DA HISTÓRIA EM VHS E DVD!!!

Que alegria...

# Homem leiloa pela internet espaço publicitário no pênis e nas nádegas

1.8.02

Meus votos para a eleição entre os blogueiros para indicar o melhor blog da Terra Média.

Surra de Pão Mole
Meio fio
Comentando
Seu Madruga é Rei
Setupeg@

Mais político, impossível. Os dois primeiros, além da qualidade inquestionável, votaram em mim. E os restantes estarão junto comigo numa nova atração campeã de votos de cabresto. Na verdade, qualquer um dos que estão linkados na barra do lado, ou que comentam aqui mas ainda não linkei poderiam fazer parte da minha relação. Por favor, não chorem nem me chamem de chato, feio ou bobo.


A final da Libertadores que uniu ontem à noite a torcida paulista no estádio do Pacaembu em torno do São Caetano me lembrou a marcante semi-final do Campeonato Brasileiro de 1986, entre o supreendente América e o São Paulo. No primeiro jogo, no Morumbi, vitória bandeirante por 1 a 0. A batalha decisiva foi travada num Maracanã lotado em noite de semana. Estava lá, nos meus tenros 10 anos. Tricolores, botafoguenses, vascaínos e rubro-negros urravam juntos pelo segundo time de todo carioca: “Sangueeeee!!!”, “Meeecaaaa!!!”. Faixas de torcidas organizadas de diferentes times foram penduradas lado a lado. Bonito.

No final do primeiro tempo o São Paulo, com uma respeitável linha de frente formada por Careca, Miller e Silas, fez 1 a 0. Na segunda etapa o América empatou, levando o estádio quase abaixo. O placar eletrônico não parava de piscar o anúncio do “Baile do Diabo”, na sede do clube (era dezembro e o carnaval começava a esquentar). Dois PMs chegaram perto de onde eu estava, nas antigas cadeiras azuis, carregando uma bandeira sãopaulina. Uma mulher gritou “taca fogo nisso!”.

O América era treinado pelo ex-zagueiro tricolor Pinheiro, famoso pela violência nos gramados. Lembro-me pefeitamente que ele postava seus zagueiros Denílson e Polaco na entrada da grande área, mesmo com o time no ataque. Se não me engano, Luisinho ainda jogava, e Renato (cujo último registro foi o gol dos reservas do Botafogo sobre o Flamengo há alguns anos) era o cérebro do meio-campo. No gol estava Régis, que no futuro havia papado alguns frangos no Vasco. O estádio do time ainda era no Andaraí, onde hoje fica o Shopping Iguatemi. Cheguei a usar uma camisa do time quando ainda não tinha noção de que era gente. Coisa de criança.

O time precisava da vitória para ir à final e repetir a façanha do Bangu, que no ano anterior havia perdido a decisão para o Coritiba. O São Paulo segurou o 1 a 1 e foi campeão brasileiro vencendo o Guarani. Mas naquela noite a multidão saiu do Maracanã orgulhosa do Ameriquinha. No ano seguinte inventaram a Copa União para livrar o Botafogo do rebaixamento, mandaram o América pra segundona e pro ostracismo de onde nunca mais saiu. Uma pena.

Quanto ao São Caetano, que coisa, hein!? Herdou a sina de vice do Vasco.


Tiago Camilo, judoca medalha de prata nas Olimpíadas de Sydney. Adivinha o clube dele.